Reciclagem

Como é feita a reciclagem

  • Clique no link abaixo para assistir ao vídeo produzido pela Abipet, que resume o processo da reciclagem do PET:

http://www.abipet.org.br/noticias/Recicl.mov
  • Veja abaixo o vídeo que mostra uma reportagem exibida pelo Jornal Nacional, que apresenta um panorama geral da reciclagem:
  •  Coleta seletiva
    O CEMPRE (Compromisso Empresaria para Reciclagem) é uma associação sem fins lucrativos dedicada à promoção da reciclagem dentro do conceito de gerenciamento integrado do lixo. Foi fundado em 1992 e é mantido por empresas privadas de diversos setores. Desde 1994, o Cempre reúne informações sobre os programas de coleta seletiva desenvolvidos por prefeituras, apresentando dados sobre composição do lixo, custos de operação, participação de cooperativas de catadores e parcela de população atendida. Esta pesquisa, chamada Ciclosoft, tem abrangência nacional e é feita de dois em dois anos. A metodologia da pesquisa consiste no levantamento de dados através do envio de questionário às Prefeituras e visitas técnicas. No site do Cempre estão disponíveis os resultados das pesquisas de 2004 a 2010. Clique aqui para ver o resultado da Pesquisa Ciclosoft 2010. De acordo com esta pesquisa, 27,1% dos plásticos coletados são do tipo PET. Outra informação que podemos acessar nesta pesquisa é uma comparação das médias de preços de cada material coletado, nas diferentes regiões do país:
    P = prensado L = limpo I = inteiro Un = unidade (preço por tonelada em Real)


      • Coleta seletiva em Nova Friburgo
      Nova Friburgo ainda não possui coleta seletiva porta-a-porta. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente de Nova Friburgo, a coleta seletiva, feita através dos ecopontos, está implantada há 8 anos e o volume de lixo coletado cresceu de 8 t/mês em 2002, para 18 t/mês em 2009. Todo o resíduo proveniente da coleta feita pela EBMA segue para a cooperativa dos catadores que funciona dentro da empresa.
      (Fonte: http://www.scribd.com/doc/21651699/Palestra-N-Friburgo-e-a-Mata-Atlantica-S-A-II-Forum-da-Terra)

      Há também outras cooperativas de catadores e empresas de ferro-velho que compram lixo reciclável na cidade:
      1.  Chridal Reciclagem - Av. Antonio Mário Azevedo, 332 - Campo do Coelho - Tel: 22 2523-7126 - Compra garrafas PET por R$0,30 por quilo.
      2. Heliete das Graças Rossi Andrade - Av. Cons. Julius Arp, 559 - Centro - Tel: 22 2523-5234 - Compra garrafas PET por R$0,30 por quilo.
      3. Ferro-velho José Morais - Córrego Dantas - Tel.: 22 2522-2566 - Compra garrafas PET por R$ 0,25 por quilo.
       

      • Indústrias de reciclagem
      "A indústria da reciclagem ajuda a retirar resíduos do meio-ambiente e gera (direta e indiretamente) cerca de 500 mil empregos no País, mas ainda se ressente da falta de incentivos fiscais para a atividade. Uma medida provisória, lançada no fim de 2009 pelo governo federal, poderia dar estímulo ao setor, ao oferecer crédito de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) às empresas que utilizassem material reciclável em seu processo produtivo. No entanto, a proposta caducou (perdeu a validade) no mês passado, devido à demora em sua aprovação no Congresso. A MP poderia dar impulso a essa cadeia produtiva - formada por catadores, cooperativas e empresas recicladoras - e gerar benefícios ao País. Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) aponta que o Brasil poderia economizar R$ 8 bilhões com a reciclagem de todo o resíduo sólido que vai para os aterros. "Não existe incentivo público. Temos de fazer tudo, até a coleta é por iniciativa privada", afirma o coordenador da comissão de meio-ambiente da Abipet (Associação Brasileira da Indústria do PET), José Trevisan Júnior, que também é diretor da fabricante de fibras têxteis Unnafibras, de Santo André. Sua empresa, que tem quadro de 400 funcionários, processa 4.000 toneladas de PET por mês. O executivo cita que as vendas têm aumentado - a companhia deve crescer 10% e fechar o ano com R$ 120 milhões de faturamento -, mas sua margem de lucro está mais apertada. Isso porque, com a crise global, o preço do petróleo despencou, gerando concorrência com a matéria-prima virgem. "E temos hoje a pressão do câmbio, por causa da competição com o produto chinês", acrescenta.
      Outra companhia da região, a Clean PET, de Mauá, recicla 500 toneladas por mês desse plástico, que fornece para indústrias como a Basf e a Tintas Coral utilizarem como insumo na fabricação de tintas. O gerente da planta, Marcelo Fonseca, avalia que se não tivesse de pagar IPI, seu preço ficaria mais competitivo. "Para clientes pequenos, isso significa custo. O crédito (do tributo) incentivaria a cadeia produtiva", afirma.
      (...)
      A Suvinil, marca de tintas da Basf, já colaborou para a retirada de 425 milhões de garrafas (mais de 20 mil toneladas) de embalagens PET do meio ambiente desde 2002, quando implantou projeto de reutilização desse material para produzir esmaltes e vernizes. O programa da empresa utiliza a garrafa para fabricação de um dos principais componentes de seu processo fabril, a resina. Para cada galão de 3,6 litros, são necessárias cinco garrafas PET na composição. A expectativa da Basf é ampliar ainda mais o uso do material reciclável dentro da linha Suvinil e desenvolver outras aplicações para o mercado consumidor. A companhia cita benefícios propiciados pelo projeto: geração de 2.000 postos de trabalho nessa cadeia de fornecimento do insumo, melhoria da imagem da empresa, redução do volume de efluentes em 40%, o correspondente a 350 mil litros de água de reação geradas na produção de resinas que deixam de ser enviadas para tratamento de efluentes.
      " (Fonte: Diário do Grande ABC -  http://www.dgabc.com.br/News/5819377/falta-incentivo-a-industria-da-reciclagem.aspx)
      • Reaproveitamento das embalagens (artesanato, decoração)
      Há ainda o reaproveitamento das embalagens na produção de peças de artesanato e decoração, como pode ser visto nessas imagens:
      Revista Coleção Trabalhos em Garrafas PET da Editora Minuano - Ano I nº10

      Móveis feitos de garrafas PET - Fonte: http://tecnocracia.com.br/257/reuso-e-reciclagem-da-garrafa-pet/
      http://www.rainhasdolar.com/index.php?itemid=2714





        Que produtos resultam da reciclagem

        Tecido de PET reciclado
        Segundo informações do Cempre (http://www.cempre.org.br/fichas_tecnicas.php?lnk=ft_pet.php), o Brasil consumiu 253.000 toneladas de resina PET na fabricação de embalagens em 2008. Atualmente, o maior mercado para o PET pós-consumo no Brasil é a produção de fibra de poliéster para indústria têxtil (multifilamento), onde será aplicada na fabricação de fios de costura, forrações, tapetes e carpetes, mantas de TNT (tecido não tecido), entre outras. 
        Outra utilização muito freqüente é na a fabricação de cordas  e cerdas de vassouras e escovas (monofilamento). Outra parte é destinada à produção de filmes e chapas para boxes de banheiro, termo-formadores, formadores a vácuo, placas de trânsito e sinalização em geral. Também é crescente o uso das embalagens pós-consumo recicladas na fabricação de novas garrafas para produtos não alimentícios.É possível utilizar os flocos da garrafa na fabricação de resinas alquídicas, usadas na produção de tintas e também resinas insaturadas, para produção de adesivos e resinas poliéster. 
        As aplicações mais recentes estão na extrusão de tubos para esgotamento predial, cabos de vassouras e na injeção para fabricação de torneiras.
        Nos EUA e Europa e na Austrália, os consumidores podem comprar refrigerantes envasados em garrafas de PET produzidas com percentuais variados de material reciclado. Essa aplicação poderá crescer com o avanço da reciclagem química deste material, processo no qual o PET pós-consumo é despolimerizado, recuperando as matérias-primas básicas que lhe deram origem. Com essa matéria-prima recuperada é possível produzir a resina PET novamente. A tecnologia mais conhecida é a bottle to bottle.
        A Coca-Cola Brasil foi uma das líderes do movimento pela aprovação do Bottle to Bottle, projeto pelo qual se produz uma embalagem PET nova a partir da resina PET reciclada. Em dezembro de 2007 – após quatro anos de debates e análises entre empresas, especialistas do setor de alimentos e órgãos de governo, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – o projeto foi aprovado e as estimativas indicam que ele contribuirá com um incremento de 15% na reciclagem de PET no País, transformando a embalagem usada numa matéria-prima de valor cada vez maior, contribuindo para o desenvolvimento de toda a cadeia de reciclagem, especialmente as cooperativas. (Fonte: http://www.cocacolabrasil.com.br/plantbottle/plantbottle_benefits.asp)

        Estatísticas

        Veja o Histórico da reciclagem de PET no Brasil (Fonte Abipet):
        ANO
        RECICLAGEM  pós-consumo/índice
        1994
        13 Ktons   =     18,8%
        1995
        18 Ktons   =     25,4%
        1996
        22 Ktons   =     21,0%
        1997
        30 Ktons   =     16,2%
        1998
        40 Ktons    =     17,9%
        1999
        50 Ktons   =   20,42%
        2000
        67 Ktons   =   26,27%
        2001
        89 Ktons   =   32,9%  
        2002
        105 Ktons   =   35%     
        2003
            141.5 Ktons   =   43%     
        2004
        167 Ktons   =   47%     
        2005
        174 Ktons   =   47%     
        2007
        231 Ktons   =   53,5%     
        2008
        253 Ktons   =   54,8%