O PET rapidamente tornou-se uma ótima opção para as indústrias de refrigerantes, apresentando inúmeras vantagens frente à sua principal concorrente, as garrafas de vidro, entre elas (Formigoni, 2010):
• custos competitivos;
• alta resistência a impactos, reduzindo assim o percentual de perdas;
• resistência à pressão interna, mostrando-se ideal para o envasamento de bebidas
gasosas;
• peso reduzido, fator importante para a redução dos custos com frete;
• rapidez no processamento;
• versatilidade quanto a forma e cores;
• composição de material 100% reciclável.
Por outro lado, a bióloga Andréa Rodrigues Fabi tratou do tema da reciclagem em sua dissertação de mestrado, na Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp. Segundo ela, desde que observada uma distância limite de distribuição de até 400 quilômetros, a garrafa de vidro retornável apresenta vantagem sobre a garrafa de PET. Na pesquisa, a bióloga utilizou a ferramenta de Avaliação de Ciclo de Vida, que permite medir o uso de recursos naturais e os impactos gerados pela fabricação das garrafas, desde a extração da matéria-prima até a disposição final do produto. Com isso, ela pode levar em conta a matéria-prima, a energia e o combustível consumidos na fabricação, transporte das embalagens e coleta para disposição final.
No site Top de Embalagem (http://topdeembalagem.com.br), encontramos o artigo Noções sobre o vidro, de Matheus Bueno. Segundo ele,
"Como embalagem, o vidro possui uma série de vantagens e desvantagens com relação a outros materiais, tais como o PET e o Alumínio. O peso das embalagens e a fragilidade a alguns esforços mecânicos, bem como limitações de tamanho, são algumas das desvantagens. A exemplo disto, podemos citar as garrafas de 2 litros de refrigerante, feitas em PET. Garrafas de vidro conseguiram ser confeccionadas com apenas 1,250 litros no máximo, com peso de quase 1 quilo. (...) Como vantagens do vidro podemos citar sua alta inércia química, preservando o conteúdo por mais tempo e sua moldabilidade, obtendo formatos os mais diversos possíveis. (...) Outra vantagem é o fato de que o vidro passa de um estado para outro sem perder seus componentes, ou seja, com 1 quilo de caco, obtemos 1 quilo de vidro novo. Este fator é extremamente importante em termos de reciclagem. (...)"
O jornal Valor Econômico, em 9.11.2004, publicou uma notícia, informando que
"Um dos principais apelos da embalagem de vidro em relação à resina PET é ambiental. Uma garrafa de vidro é 100% reciclada, o que significa dizer que ela gera outra exatamente igual independente do número de vezes que o material for ao forno. Já o PET reciclado não pode ser reutilizado para embalar alimentos, embora o índice de reaproveitamento do produto venha crescendo nos últimos anos. Segundo dados da Abipet (Associação Brasileira dos Fabricantes de PET), o índice de reciclagem do produto em 2003 ficou em cerca de 40% - os dados oficiais do ano passado devem sair no final desta semana. No ano anterior, esse índice tinha chegado em 35% e, em 1994 (primeiros dados disponíveis) era de 18,8%. O principal destino do material reciclado de PET é a fibra têxtil - cerca de 40%- , já que se trata de uma resina de poliéster. Mas o subproduto também é usado em cerdas de vassouras e filmes plásticos. A reciclagem do vidro também aumentou. Atualmente, na produção, 43% da matéria-prima utilizada é originada da reciclagem. Em 1991, essa proporção era de apenas 15%. Em relação ao mercado de embalagens como um todo, o vidro correspondia a 10% em 2000 e em 2003, a 7%. Já o plástico saiu de 31% para 35% no período."